Felizarda

TUSP Maria Antonia
  • INÍCIO 12/06/2025FIM 29/06/2025
  • HORÁRIOS quinta a sábado, 20h; domingos, 18h
  • INFORMAÇÕES GERAIS Ingressos gratuitos, retirada na bilheteria 1h antes da sessão | 90 min. | 14 anos
FICHA TÉCNICA Elenco: Bella Camero, Louise D’Tuani, Sidney Santiago Kuanza, Sol Menezzes / Direção: Beatriz Barros / Idealização: Bella Camero e Louise D’ Tuani / Assistência de Direção: Castilho / Texto: Cecilia Ripoll / Direção de Movimento e preparação corporal: Ariel Ribeiro / Cenografia e projeto gráfico: Pedro Levorin / Figurino: Elias Kalleb / Assistente de figurino: Brun Pereira / Luz: Wagner Antônio / Assistência de iluminação: Marina Meyer / Trilha original: Dani Nega / Operação de som: Abismo de Bibi / Fotos: André Nicolau  / Assessoria de Imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques, Daniele Valério e Flávia Fontes / Produção: Corpo Rastreado | Gabs Ambròzia

Ser a ‘felizarda’ por conseguir a vaga de emprego. Trabalhar. Ter colegas de mesa. Mas para qual função? Para fazer o quê? Em um mundo cada vez mais voltado à produtividade sem descanso, o novo espetáculo dirigido por Beatriz Barros, com idealização das atrizes Bella Camero e Louise D’Tuani, foi escrito por Cecilia Ripoll e reflete sobre tais impactos na vida em sociedade. Felizarda faz uma temporada de estreia gratuita aqui no TUSP entre os dias 12 e 29 de junho, com sessões de quinta a sábado, 20h, e aos domingos, 18h.

O projeto começou com a vontade de as atrizes Bella e Louise trabalharem juntas. A partir desse encontro, procuraram a escritora e dramaturga Cecília Ripoll, que apresentou algumas ideias e possibilidades de texto. “Buscávamos algo para montarmos, que fosse atual e falasse da sociedade hoje, sem perder o humor. Acho que conseguimos desenvolver junto essa peça”, coloca Louise D’Tuani.

Apesar do tema denso, o texto é permeado por ironia e humor. De acordo com Beatriz, o trabalho é definido como uma distopia contemporânea não situada no tempo, ou seja, não há elementos característicos de um período histórico e a narrativa se encaixaria bem no passado, no presente ou no futuro.  “Estamos tão focados em provar que podemos ser eficientes e produtivos 24 horas por dia que nos alienamos. Não nos conectamos mais nem com os nossos sentimentos e nem com as outras pessoas. Assim, ficamos cada vez mais sozinhos”, defende Louise.

Na trama, uma pessoa começa a trabalhar em uma empresa cujo produto ela desconhece. Enquanto tenta incessantemente descobrir o quê, afinal, está vendendo, a protagonista precisa lidar com as variadas neuroses e histerias de nosso tempo. Sintomas psíquicos brotam ao ritmo frenético da hiperprodutividade e dos abismos da comunicação, apresentando um retrato tragicômico da sociedade contemporânea.

Os personagens não têm nomes. “Queremos mostrar que na lógica do mundo corporativo somos todos facilmente substituíveis. Por isso, os atores e as atrizes são designados apenas como: Vizinho de Mesa, Mentora, Felizarda e Esposa da Felizarda”, conta a atriz Bella Camero.  Em cena também estão Louise D’Tuani, Sidney Santiago Kuanza e Sol Menezzes. A direção de movimento e a preparação corporal são de Ariel Ribeiro.

Sobre a encenação

Na encenação, situações profissionais e pessoais se misturam a todo o momento. O trabalho passa a ocupar cada vez mais aspectos da vida, eliminando a fronteira entre os dois universos. Por esse motivo, a cenografia de Pedro Levorin é formada por elementos que evocam tanto a empresa como a casa da Felizarda. A luz assinada por Wagner Antônio segue o mesmo caminho. Esses aspectos também se refletem na trilha sonora de Dani Nega. Inspirada pelo improviso do jazz, a artista criou linhas melódicas específicas para os personagens,  como se a cada um fosse atribuído um instrumento musical próprio. Ariel Ribeiro, responsável pelo figurino, com sua pesquisa Zootomia, desenvolveu para cada personagem peças que mostram os corpos contemporâneos e os possíveis colapsos que podem reverberar em sociedade.

Felizarda questiona a facilidade com que entramos na lógica do sistema, sem problematizar absolutamente nada. Nenhum dos colaboradores sabe o que a empresa faz, mas ninguém assume isso. Nem mesmo a personagem-título tem a coragem de dizer isso para a esposa.

 

 “Felizarda: Amor, tenho duas notícias. Uma boa e uma ruim. A boa é que fui contratada pra vaga com o melhor salário. A ruim é que a vaga é um pouco vaga / Não / Amor, tenho duas notícias. Uma boa e uma ruim. A boa é: consegui o emprego. A ruim é: não sei qual é o emprego / Não… Amor, uma ótima notícia! (Trecho da dramaturgia de Felizarda, de Cecilia Ripoll)


Sinopse
Felizarda é contratada por uma empresa, mas não sabe exatamente para quê. Enquanto tenta entender qual é sua função, vê-se cercada por neuroses e angústias típicas de um mundo hiperprodutivo, onde a comunicação falha e o trabalho invade todas as esferas da vida. A partir de situações absurdas e cotidianas, o espetáculo traça um retrato tragicômico da alienação contemporânea.

Ficha Técnica
Elenco: Bella Camero, Louise D’Tuani, Sidney Santiago Kuanza, Sol Menezzes / Direção: Beatriz Barros / Idealização: Bella Camero e Louise D’ Tuani / Assistência de Direção: Castilho / Texto: Cecilia Ripoll / Direção de Movimento e preparação corporal: Ariel Ribeiro / Cenografia e projeto gráfico: Pedro Levorin / Figurino: Elias Kalleb / Assistente de figurino: Brun Pereira / Luz: Wagner Antônio / Assistência de iluminação: Marina Meyer / Trilha original: Dani Nega / Operação de som: Abismo de Bibi / Fotos: André Nicolau  / Assessoria de Imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques, Daniele Valério e Flávia Fontes / Produção: Corpo Rastreado | Gabs Ambròzia

Felizarda
12 a 29 de junho de 2025 | quinta a sábado, às 20h, e, aos domingos, às 18h
TUSP Maria Antonia – R. Maria Antônia, 294 – Vila Buarque
Ingressos gratuitos, retirada na bilheteria 1h antes da sessão | 90 min. | 14 anos

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