
Stabat Mater
Vencedor da 32ª Edição do Prêmio Shell de Teatro na categoria Dramaturgia, escolhido como melhor espetáculo de 2019 em importantes veículos da imprensa brasileira e eleito como melhor espetáculo de 2024 em Portugal, Stabat Mater investiga os limites entre efeito e risco, experiência e representação.
A partir do texto teórico Stabat Mater (em latim, “estava a mãe”), da filósofa e psicanalista Julia Kristeva, Janaina Leite, que assina a dramaturgia e a direção, e está em cena ao lado de sua mãe Amália Fontes Leite e Príapo (personagem para o qual se buscou um ator pornô), propõe o formato de uma palestra-performance sobre o feminino, remontando à história da Virgem Maria, ao mesmo tempo em que tenta dar conta do apagamento da sua mãe na sua peça anterior, Conversas com Meu Pai.
Em cena, Janaina articula de forma radical temas historicamente inconciliáveis como maternidade e sexualidade. Tendo o terror e a pornografia como bases estéticas, a artista investiga as origens de um arranjo histórico entre o feminino e o masculino, que a obra tenta desarmar não sem antes correr riscos e enfrentar os mecanismos de gozo e dor que fixam essas posições.
É a partir de Stabat Mater que Janaina Leite começou a explorar o universo da pornografia, propondo e realizando uma cena de sexo explícito com um dos principais atores pornôs do Brasil. A montagem joga ostensivamente com a teatralidade através da cenografia e das três figuras em cena. A mesa da palestra pode ser uma mesa de um altar para a realização de uma missa, assim como o ambiente pode se transformar em uma boate com pole dancing, ou um grande falo. O espaço pode ser tanto um útero como um túmulo, significando nascimento ou morte.
Concepção, Direção e Dramaturgia – Janaina Leite. Performance – Janaina Leite, Amália Fontes Leite e Príapo. Dramaturgismo e Assistência de Direção – Lara Duarte e Ramilla Souza. Participações Especiais – Lucas Asseituno. Em Vídeo – Loupan, Alex Ferraz, Jota, Kaka Boy, Hisak, Mike e Samuray Farias. Direção de Arte, Cenário e Figurino – Melina Schleder. Edição e Vídeoprojeções – Laíza Dantas. Desenho de Luz – Paula Hemsi. Sonoplastia e Técnica de Som – Lana Scott. Operação de Luz – Maíra do Nascimento e Nara Zocher. Concepção Audiovisual e Roteiro – Janaina Leite e Lillah Hallah. Direção de Fotografia | Filmagens – Wilssa Esser. Provocação Cênica – Kênia Dias e Maria Amélia Farah. Preparação Vocal – Flávia Maria Campos. Assistência Geral – Luiza Moreira Salles. Identidade Visual e Mídias Sociais – Juliana Piesco. Assessoria de Imprensa – Nossa Senhora da Pauta. Direção de Produção Original e Distribuição – Carla Estefan – Metropolitana Gestão Cultural. Produção Mostra (ob)Cenas Contemporâneas – Corpo Rastreado. Arte – Victor Paula.
Stabat Mater | 3 a 6 de abril, quinta-feira a sábado, 20h e domingo, 18h | sessão de 4 de abril é acessível em libras e 5 de abril em libras e audiodescrição.
100 min. | 18 anos | Ingressos gratuitos.